Febre maculosa precisa de diagnóstico rápido e tratamento imediato

A febre maculosa é uma doença grave, mas que pode ser evitada. É preciso diagnóstico rápido, pois requer tratamento imediato. As mortes recentes de pessoas em Campinas levaram às pessoas a buscarem mais sobre a enfermidade. O médico Marcelo Eichholzer de Oliveira, infectologista e docente de doenças infecciosas e parasitárias da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (Fempar), esclarece os principais fatos sobre essa doença transmitida por carrapatos, que pode causar sérios danos à saúde humana. Também conhecida como febre do carrapato, é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e pode levar à morte se não for tratada adequadamente.

A doença recebe esse nome devido à presença de manchas vermelhas (máculas) que podem aparecer na pele dos pacientes infectados. É transmitida principalmente por carrapatos do gênero Amblyomma sp, principalmente aqueles encontrados em animais selvagens, como capivaras e cavalos. Quando uma pessoa é picada por um carrapato infectado, a bactéria Ré transmitida para o organismo, levando ao desenvolvimento da febre maculosa. Os principais sinais podem ser semelhantes aos de outras doenças comuns como gripe. Os pacientes apresentam febre alta, dor de cabeça intensa, dores musculares e cansaço. Com o passar do tempo, surgem outros sintomas, como erupção cutânea (manchas vermelhas), náuseas, vômitos, dor abdominal e confusão mental. É importante ressaltar que eles variam de pessoa para pessoas. Nem todos os pacientes apresentam todos os sintomas.

Em caso de suspeita dessa infecção, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. O diagnóstico precoce é essencial para iniciar o tratamento adequado, que geralmente consiste na administração de antibióticos específicos. Quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores são as chances de recuperação completa. Fundamental adotar medidas para prevenir a doença. Para isso, é recomendado evitar áreas infestadas por carrapatos, como matas, campos e áreas rurais. Caso seja necessário frequentar esses locais, é importante tomar algumas precauções, como usar roupas de manga longa, calças compridas e sapatos fechados. Também é recomendado aplicar repelentes de insetos na pele e nas roupas, seguindo as instruções do fabricante.

 Ao retornar de áreas infestadas, é importante fazer uma inspeção cuidadosa no corpo, procurando por carrapatos presos à pele. Caso seja encontrado algum, ele deve ser removido corretamente, usando pinças ou um instrumento adequado para evitar que a cabeça fique presa na pele. Além disso, é importante lembrar que os carrapatos também podem ser encontrados em animais de estimação, então é fundamental protegê-los com produtos repelentes e realizar inspeções regulares.

CURTAS

Janssen lança podcast sobre doenças inflamatórias intestinais (DIIs)

Os sintomas das doenças inflamatórias intestinais, como a doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa, impactam física, mental, social e economicamente o dia a dia do paciente, refletindo nos relacionamentos, no trabalho e até na alimentação. Por isso a necessidade do diagnóstico precoce, do acompanhamento médico multidisciplinar e do acesso ao tratamento adequado. Por meio da campanha Siga Sem Pausa, iniciativa da Janssen para conscientização das DIIs, a farmacêutica investiu em um podcast com quatro episódios, que trazem entrevistas inéditas de especialistas e pacientes que abordarão temas fundamentais como o impacto no trabalho, acesso aos tratamentos disponíveis, qualidade de vida e alimentação. A iniciativa tem o apoio científico da Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite (Gediib). Para assistir, basta acessar o canal da Janssen no YouTube.

Anvisa aprova combinação de imunoterápicos para tratamento de câncer de fígado 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a combinação dos imunoterápicos durvalumabe e tremelimumabe como tratamento para pacientes com carcinoma hepatocelular avançado ou irressecável, tipo mais comum e agressivo dos tumores iniciados no fígado, correspondendo a 80% dos casos. A aprovação da combinação dos imunoterápicos representa um marco no cenário da doença e uma nova possibilidade em primeira linha de tratamento aos pacientes.  “Segundo estatísticas da Organização Mundial da Saúde, haverá um aumento significativo, de 55%, nos casos de morte por câncer de fígado no mundo até 2040. A combinação de tremelimumabe com durvalumabe reduz o risco de morte em 22% e demonstra que, aproximadamente, 31% dos pacientes estão vivos em 3 anos, o que pode contribuir positivamente para uma mudança no cenário mundial da doença e na vida dos pacientes”, evidencia Anouchka Chelles, diretora médica da área de oncologia da AstraZeneca.