Governo estuda ampliar faixa do Minha Casa, Minha Vida para atender classe média, afirma ministro das Cidades

O ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, declarou que o Governo Federal começou a estudar internamente a possibilidade de viabilizar o Minha Casa, Minha Vida para famílias de classe média. O desejo de ampliar o programa já havia sido manifestado nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a estreia do “Conversa com o Presidente”, uma espécie de reedição das lives semanais feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. No programa, Lula disse que famílias com rendimento mensal entre R$ 10 mil a R$ 12 mil também deveriam ser contempladas pelo programa habitacional. Hoje, o teto para o Minha Casa, Minha Vida é de renda mensal até R$ 8 mil. Segundo o ministro das Cidades, o tema levantado pelo presidente já é estudado pela pasta e pela Casa Civil: “Saindo do limite de R$ 8 mil, para R$ 10 mil ou R$ 12 mil, obviamente nós precisamos também elevar o limite das unidades habitacionais. Sobe o teto, podendo subir para R$ 500 mil ou R$ 600 mil”.

“Mas tudo isso, insisto, é importante que se diga, são estudos que precisam ser feitos. A nossa ideia é de que ainda neste ano a gente faça isso”, explicou. Jader Barbalho Filho deu estas declarações em conversa com jornalistas nesta sexta-feira, 16, durante um seminário realizado no Hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio de Janeiro. O ministro falou ainda que o Minha Casa, Minha Vida e novas contratações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) devem fomentar a abertura de postos de trabalho. A estimativa é de aproximadamente 1 milhão de vagas geradas com estas iniciativas.

“Além das unidades habitacionais, que a gente vai entregar casa para as pessoas que tem pressa, que são pessoas que moram de aluguel, em situação de rua e em áreas de risco, junto com isso vem a geração de emprego e renda para o país”, declarou Jader. O ministro das Cidades destacou ainda que o novo Minha Casa, Minha Vida vai ter uma novidade em breve, o retrofit. A ideia é de que, nos grandes centros urbanos, prédios já construídos e que precisam de remodelagem e reformas também sejam contemplados dentro do programa habitacional.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga