‘Greve do transporte coloca a população de São Paulo como vítima’, diz Ricardo Nunes

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) acusou o Sindicato dos Metroviários e Metroviárias de São Paulo de promover uma “greve política” no transporte público da capital paulista e, desta maneira, colocar a população de São Paulo “como vítima”. Nesta terça-feira, 28, a maior cidade do país amanheceu com o transporte sobre trilhos parcialmente paralisado por causa de um protesto contra o programa de privatização do governo do Estado, que deve atingir a Sabesp e as linhas não concessionadas do Metrô e da CPTM.

“A gente administra tentando minimizar. Este ato político dos sindicatos, paralisando Metrô e CPTM — uma parte, lembrando que aquilo que foi concessionado não está paralisado. Por mais ações que a gente faça, nunca vai conseguir acompanhar toda essa perda. Ampliamos em mais de 200 ônibus a nossa frota, liberamos o rodízio, estamos com um reforço de agentes da CET, da SPTrans, da GCM, principalmente nos 32 terminais. Fizemos o prolongamento de algumas linhas de ônibus. Mas, infelizmente, a gente sabe que não vai se possível recuperar essa perda que tem este ato que coloca a cidade de São Paulo como vítima mais uma vez. A quarta vez neste ano”, disse Ricardo Nunes ao repórter Marcelo Mattos.

Falando de dentro de uma central de monitoramento da prefeitura, Nunes mostrou à reportagem imagens para demonstrar por que acha a privatização do transporte público uma medida eficiente. “A gente vê na segunda tela o Terminal Dom Pedro. Uma grande movimentação, tudo lotado… Ele tem uma ligação com a linha Vermelha, que é pública e está paralisada (grande parte dela, 90%). Do lado esquerdo, é o Terminal Santo Amaro, que tem uma conexão com as linhas Esmeralda e Lilás, que são concessionadas. E a gente vê normalidade. Então, aquelas linhas com concessão estão funcionando normalmente, não são relacionadas aos sindicatos — esse sindicato ideológico —, portanto fluem normalmente. Já aquelas linhas vinculadas ao Sindicato dos Metroviários, infelizmente, utilizadas para um posicionamento ideológico, causando todo este transtorno.”