Grupo Boticário anuncia projeto de Pele 3D com Folículo Capilar

Grupo Boticário anuncia projeto de Pele 3D com Folículo Capilar

O Grupo Boticário revelou recentemente um projeto que poderá marcar um novo capítulo na indústria cosmética: a Pele 3D com Folículo Capilar, desenvolvida por meio da técnica de bioimpressão.  

O projeto é resultado de uma pesquisa de três anos liderada pela cientista Carolina Motter, integrante da Diretoria de Qualidade, Excelência e Cuidado do Grupo Boticário, no Rensselaer Polytechnic Institute (Troy, NY). O avanço científico foi publicado na revista Science Advances. 

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De forma simplificada, a bioimpressão da pele com folículo capilar possibilita estudos de permeação de ativos e avaliação de eficácia de produtos para crescimento capilar, além de melhorar a qualidade dos dados em estudos in vitro, especialmente em análises toxicológicas. 

Além disso, a tecnologia de bioimpressão 3D permite a criação de modelos mais complexos de tecidos e órgãos humanos, contribuindo para a sustentabilidade ao reduzir o consumo de insumos de laboratório.  

Como é produzida a Pele 3D com Folículo Capilar? 

O processo inicia-se com o isolamento de células de pele e do folículo capilar a partir de amostras humanas. Essas células são cultivadas em laboratório para alcançar uma quantidade suficiente que permita a recriação dos modelos. 

Os cientistas preparam as bioinks, formadas por biomateriais, como proteínas, e células da pele. Cada etapa da construção da pele utiliza bioinks com composições específicas representativas da camada a ser impressa. 

A impressão começa pela camada dérmica, composta principalmente por colágeno. O bioink se torna um composto gelificado após a impressão, permitindo a inserção do bioink do folículo piloso. À medida que a agulha se retira, um canal é formado. A bioimpressão da bioink para a epiderme, a camada mais externa da pele, é então realizada. 

Ao longo do tempo, as células do folículo piloso criam uma esfera e as células da epiderme migram para o canal do folículo piloso, formando uma barreira semelhante à pele humana após 10 a 14 dias de cultivo. Após esse período, a amostra está pronta para ser utilizada em diversas avaliações, incluindo a análise de biomarcadores específicos. 

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