História antiga – Fenícia e medo-pérsia

Fenícia

Fenícia quer dizer “palmeira”. Corresponde a uma área litorânea oriental do Mediterrâneo localizada entre a Síria e Israel. Correspondia aproximadamente ao atual país do Líbano. Durante muito tempo a principal cidade fenícia era Sídon, mais tempos depois esta cedeu lugar a famosa Tiro.  a Fenícia era cercada por montanhas, os montes Líbano e Carmelo. O solo era pobre e dificultava a agricultura. Isso fez com que os fenícios desenvolvessem muito pouco a agricultura.

 

SOCIEDADE FENÍCIA

A Fenícia era formada por cidades autônomas independentes ( cidades- estados). Cada uma tinha seu próprio governo. Eram lideradas pelo rei, junto com sacerdotes, comerciantes e também pelos sufetas, que eram magistrados anciãos ilustres.

As cidades que mais se destacaram foram: Biblos, Sídon, Tiro, Ulgarit.

A população fenícia era formada pela seguinte escala social:

  • empresários – eram pessoas que faziam o comércio marítimo e de escravos, donos de oficinas de artesanato.
  • funcionários do governo e sacerdotes – eram a classe dominante.
  • pequenos proprietários e trabalhadores – classe formada por artesãos, pescadores, camponeses e marinheiros.
  • escravos e marinheiros pobres – os oprimidos e mais prejudicados socialmente.

Os fenícios ficaram conhecidos como os grandes  e melhores navegadores do mundo antigo. Seus navios com popas altas, boca larga, podiam ser movidos a vela ou a remo, tinham boa navegabilidade.

Os fenícios instalaram várias colônias que sustentavam sua atividade mercantil e criaram portos e pontos comerciais, em várias cidades importantes da época. Como exemplo: Chipre, Silícia, Sardenha, Sul da Espanha, norte da África e etc.

Realizavam longas expedições marítimas, atravessando o estreito de Gilbratar, indo para as ilhas Britânicas, para a África até o mar Vermelho. Tudo o que sabiam ou grande parte aprenderam dos babilônios. Se orientavam à noite no mar por meio das estrelas.

Em suas grandes expedições, os fenícios comercializavam navios, tecidos, madeiras, azeite, jóias, vidros escravos e outros. Eram famosos pela hábil engenharia e pelos tecidos tingidos com múrice, um molusco. Os tecidos eram de cor viva, conhecidos como a “ púrpura de Tiro”.

Os fenícios também eram artistas!

Eles se especializavam na metalurgia e por isso eram peritos em fundir, moldar e cinzelar objetos em ouro ou prata. havia artesões excelentes  em esculturas de madeira e de marfim. Modelavam também objetos de vidro e teciam lã e linho.

Nos dias dos reis Davi e Salomão, ficaram famosos como talhadores de pedras para construções e como madeireiros que entendiam tudo no abatimento das enormes árvores que haviam em suas florestas.

 

RELIGIÃO

Os fenícios, como eram ligados a navegação, tudo que os dava orientação neste sentido era considerado como deus. Isso explica porque tinham inúmeros deuses, principalmente os ligados a natureza.

Cada cidade além de deuses comuns e estrangeiros, tinham também um deus principal.

Eles praticavam uma religião muito degradada, que envolvia entre outros deuses: Baal que representava o sol ou o deus da fertilidade; Astartéia que representava a lua ou a fecundidade; e Dagon que era o deus do trigo. Os seus rituais envolviam  sodomia, bestialidade, prostituição cerimonial, além de práticas abomináveis de sacrifícios de crianças. Seus templos que se tornaram ruínas podem ser visitados até hoje.

 

OS AVANÇOS

A astronomia e a matemática foram aprimoradas pelos fenícios devido a sua atividade na agricultura, navegação e atividades comerciais.

Mas a principal colaboração se deve ao surgimento do alfabeto. Era uma forma simples e prática baseada em 22 letras. Até a palavra alfabeto provém dos fenícios. As duas primeiras letras Aleph e Beth, para o grego foram traduzidas para  alpha  beta. O alfabeto criado pelos fenícios foi aprimorado pelos gregos e pelos romanos. Tal avanço  constitui o maior legado da cultura fenícia nos nossos dias.

Os fenícios também contribuíram com avanços para conservar seus escritos. Antes eram usados lâminas de barro cozido, eles agora passaram a usar rolos de papiro e tinta.

 

Medo – Pérsia

Em torno de 1.500 a.C., tribos da Ásia Central conhecidos como tribos indo-europeias, invadiram e ocuparam o atual planalto do Irã, situado a sudeste da Mesopotâmia. Entre essas tribos estavam os chamados  medos e os persas.

A área que eles ocupavam tinha um solo com baixa fertilidade e era formado por desertos e montanhas. Eles usavam irrigação artificial para praticar a agricultura.

Ao sul do mar Cáspio localizava-se os  medos. E ao leste  do golfo Pérsico  estavam os persas.

Primeiro foi erguido o  Reino da média, com capital em Ecbátana. Esse reino chegou a ter controle sobre o governo da Pérsia.

Os  persas construíram um grande império com apenas 3 reis ampliaram seus domínios, conquistando  os egípcios, hebreus, fenícios, assírios e os neobabilônios. Para controlar tudo, construíram grandes estradas que facilitavam as comunicações.

No final do século VII, os medos dominavam os persas. Ciro em 550 a.C., venceu totalmente os medos, como ele era rei da Pérsia promoveu assim a unificação dos dois povos formando um único império.

Com Ciro a Medo- Pérsia expandiu seus domínios conquistando a Lídia, colônias gregas da Ásia Menor. Em  539 a.C., conquistou Babilônia, libertando os judeus do cativeiro, permitindo assim o regresso a Palestina. Todas as suas conquistas lhe rederam o apelido de “o grande”.  Ciro faleceu em 529 a.C. devido a ferimento de guerra. Seus sucessores Cambises e depois Dario I continuaram a expansão.

Dario I levou o império ao seu apogeu e foi considerado um administrador exemplar. Ele reforçou tradições e as religiões locais, além de dividir o império em províncias que eram governadas pelos sátrapas( governadores). Cada província pagava imposto ao império proporcional as suas riquezas e posses. Dario I também criou um eficiente sistema de correio, uma rede de estradas, moedas de ouro chamado dárico.

O exército medo- persa era formado por soldados das províncias. Com ele Dario I tentou dominar a Ásia Menor. Isso gerou conflitos militares do mundo antigo :  AS GUERRAS MÉDICAS. O rei também tentou conquistar a Grécia, mas foi derrotado na conhecida Batalha de Maratona ( 490 a.C). a Grécia marcou o limite de suas conquistas.

O sucessor de Dario, Xerxes , também tentou avançar  pela Grécia mas também fracassou. A partir daí o império foi levado à decadência, em 330 a. C. foi conquistado pela Macedônia às mãos de Alexandre Magno.

 

ECONOMIA

A economia era baseada na agricultura e no comércio. A comunicação entre as províncias foram melhoradas pelas estradas, contribuindo para o crescimento das atividades de artesanato e do comércio.

 

CULTURA

Houve um grande desenvolvimento nas artes. A escultura decorava  e era feita em baixo relevo. A arquitetura foi responsável pela construção de palácios reais como os de Susã e de Persépolis. Eram famosos os  pairidaeze, que eram jardins murados.

Os medo- persas usavam a escrita cuneiforme, que trouxeram da Mesopotâmia.

 

RELIGIÃO

O campo religioso foi onde eles mais contribuíram. Havia duas divindades o ahura- mazda, o deus do bem, da luz e da espiritualidade; e  arimã, o deus do mal e das trevas.

Não utilizavam templos e a religião era comandada por sacerdotes. Acreditavam na vida após a morte, no paraíso para os justos, no inferno para os pecadores. Acreditavam num Messias libertador e esperavam a sua chegada.

A religião era baseada no livro  zend-avesta, escrito por Zoroastro. Ele pregava a luta entre  Ormuz , do bem  contra Arimã , do mal. Ormuz venceria Arimã somente no dia do juízo final onde todos seriam julgados por seus atos.

Pregavam também o livre arbítrio- cada pessoa poderia escolher ir pelo caminho do mal  ou do bem . mas isso é até hoje, não é mesmo??

Fonte: http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/adrienearaujo/historia007.asp

Deixe um comentário