CEO da Hitachi Vantara BR almeja dobrar tamanho da operação em 3 anos

Andrea Fodor, Hitachi Vantara

Andrea Fodor está de volta à Hitachi depois de 13 anos. Agora, como CEO da Hitachi Vantara Brasil, a executiva tem planos ambiciosos para a sua liderança: dobrar o tamanho da operação em apenas três anos.

“Eu precisava entender quais os skills que necessitamos, quais as ferramentas e processos que temos e que precisamos ter, quais as pessoas que precisamos para alcançar o crescimento desejado. Eu quero, em três anos, dobrar o tamanho da operação. E, para isso, preciso ter tudo muito bem mapeado”, diz ela.

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A CEO também contou como vê a evolução da liderança feminina em tecnologia e deu detalhes do evento Hitachi Partner Summit, que aconteceu essa semana em Cancún, no México. Confira os melhores momentos do bate-papo:

IT Forum: Você está há aproximadamente seis meses na Hitachi Vantara. Qual o seu balanço do período?

Andrea Fodor: Eu estou muito feliz de ter voltado a trabalhar na Hitachi – eu trabalhei há um tempo e assumir a posição de CEO na Hitachi Vantara Brasil é uma honra. O clima é muito bacana. Eu sou muito conectada com esse tema de pessoas, cultura e propósito e a Hitachi é uma empresa que olha muito para isso. Tudo é pensado olhado pela sustentabilidade, tudo com transparência e social.

No Brasil, o que mais me motiva é o potencial de crescimento. Há três anos, representávamos 20% da América Latina e, agora, 50%. Eu vejo o Brasil com um potencial de crescimento.

IT Forum: Quais são os seus principais desafios nesse período?

Andrea Fodor: Como em todo início, eu primeiro preciso conhecer a empresa e a cultura, mapear processos e, principalmente, montar um plano de desenvolvimento para o time. Nenhum líder alcança o sucesso sem o time. O técnico não entra em jogo, entram os jogadores.

Eu precisava entender quais os skills que necessitamos, quais as ferramentas e processos que temos e que precisamos ter, quais as pessoas que precisamos para alcançar o crescimento desejado. Eu quero, em três anos, dobrar o tamanho da operação. E, para isso, preciso ter tudo muito bem mapeado.

Hoje a nossa receita está ligada a grandes contas e, para o negócio, é importante que a gente tenha uma capilaridade maior. Temos aberto a conversa com um número maior de contas para entender como podemos ajudar os CEOs.

O nosso foco está em soluções de rápida recuperação de dados com resiliência cibernética. Os clientes querem comprar de empresas que consigam realmente entregar as soluções. A Hitachi tem uma área de consultoria muito grande e temos investido cada vez em ampliação de portfólio olhando o novo mercado, incluindo soluções de automação orientada a IA, DataOps, entre outros, para oferecer mais visibilidade e resiliência.

IT Forum: Outro desafio enfrentado não só por você, mas em todo o mercado, é a liderança feminina. Como você vê a evolução no mercado de tecnologia?

Andrea Fodor: Nós temos que continuar sendo vocal. O gap ainda é muito grande em lideranças. Olhando o mercado de TI, mais ainda. É um mercado muito mais masculino e acho que a mulher vem ganhando espaço, mas ainda tem um salto que precisamos dar para liderança.

A questão da liderança feminina está ligada a diversidade. Entretanto, a gente não chega à liderança só por cota, ela é importante para suprir o gap, mas é importante a capacitação. Eu sempre desenhei chegar em uma posição de CEO, eu tracei um plano de como eu chegaria lá e eu continuo investindo em mim. Eu acredito que a carreira está ligada ao investimento em educação. Não tem como subir na carreira sem se atualizar.

IT Forum: Aproveitando que você está no Partner Summit 2023… quais são as principais novidades do evento?

Andrea Fodor: Esse é um evento voltado para canais, então vem ao encontro de estratégia de crescimento de América Latina e do Brasil: a expansão através de canais. Hoje, nosso modelo de atendimento é híbrido, mas 10% dos clientes são diretos e 90% dos clientes são atendidos por meio da força de vendas de canais.

Estamos estruturando um programa de canais bem forte, com programas de incentivo, onde além da parte de comissionamentos, o canal recebe um cashback de todo o valor que ele vende.

Também estamos focados nas capacitações dos canais. Temos uma academia para capacitá-los e acelerar esse crescimento. A venda das soluções é extremamente técnica e consultiva, então isso é importante.

IT Forum: A estrutura de canais é especialmente importante em países gigantes como o Brasil, correto?

Andrea Fodor: Ter uma força de vendas para o Brasil é importante principalmente porque temos características culturais muito regionais. E o cliente gosta de ser atendido por quem entende de sua cultura.

Todo o crescimento vinha muito da Região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) e na parte de governo, onde somos fortes, mas muito centralizado em Brasília e em São Paulo. Hoje, pela ampliação do programa de canais, poderemos crescer em mercados relevantes como o Sul, Nordeste, e mesmo dentro do Centro-Oeste, que não se resume a Brasília.

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