IA generativa traz de volta discussão sobre Shadow IT

Jay Upchurch, CIO da SAS

A inteligência artificial (IA) ganhou popularidade e notoriedade depois do lançamento do ChatGPT. Rapidamente, as empresas sentiram os efeitos. Seus funcionários começaram a testar a tecnologia de IA generativa (GenAI) – e até mesmo incluir informações sensíveis dos negócios no sistema. Era a volta da Shadow IT, tão discutida nos primórdios da cloud computing. E, então, como lidar?

Jay Upchurch, CIO da SAS, respondeu a essa questão em conversa com um pequeno grupo de jornalistas no SAS Innovate*, que acontece em Las Vegas, no Estados Unidos. Ele acredita que um dos principais desafios que os CIOs enfrentam hoje é navegar no mundo da Gen AI, especialmente no contexto da Shadow IT. Ele reconhece que com a proliferação de ferramentas e capacidades de IA, surge um dilema de governança e segurança, pois iniciativas de IA díspares podem comprometer inadvertidamente a propriedade intelectual e dados sensíveis.

Ao lidar com esse desafio, Upchurch enfatiza a importância de fomentar uma cultura de curiosidade, enquanto se implementa simultaneamente robustos frameworks de governança. “Como podemos capacitar a curiosidade sem sufocá-la?”, ponderou. A solução, respondeu Upchurch, reside em fornecer plataformas de nível empresarial que facilitem a inovação enquanto seguem protocolos de segurança rigorosos.

Refletindo sobre a evolução do papel do CIO diante do cenário do surgimento de diversas evoluções tecnológicas, Upchurch destacou a mudança do líder da TI de um guardião tradicional da tecnologia para um facilitador estratégico da transformação digital, tendo como aliados as áreas de negócios. “O papel do CIO hoje, especialmente pós-COVID, onde tantos modelos de negócios mudaram para serem digitais, é muito mais estratégico”, sintetizou.

Com navegar em meio a tantas mudanças provocadas pela IA generativa?

Para navegar em meio a tantas evoluções tecnológicas, garantir a segurança e a inovação, Upchurch ofereceu conselhos sábios para os CIOs. “Comece com o objetivo em mente”, revelou, enfatizando a importância de alinhar os investimentos tecnológicos com os objetivos estratégicos. “Embora o atrativo de tecnologias novas seja tentador, uma abordagem pragmática à priorização é crucial para evitar se envolver em uma infinidade de experimentos”, observou.

Além disso, ele enfatizou a necessidade de confiança e capacitação, sugerindo aos CIOs capacitar e acelerar a inovação em vez de prejudicá-la. Ao adotar uma mentalidade de resolução de problemas em vez de centrada na tecnologia, os CIOs podem aproveitar efetivamente o poder da inovação para impulsionar o sucesso organizacional, finalizou.

*A jornalista viajou a convite do SAS

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