IHS aposta em sites de baixo custo para atender o campo

Aldo Clementi/Crédito: TV.SínteseSoluções completas e de baixo custo são a aposta de IHS Towers para o campo. Torres que podem ser implantadas no prazo de 3 a 5 dias, 1/10 do tempo necessário para instalação de uma antena tradicional, afirma Aldo Clementi, diretor de Desenvolvimento de Negócios da companhia.

Clementi, que participou nesta quinta-feira, 16, do AGROtic 2023, estima que para atender 23 milhões de pessoas sem cobertura ou com deficiência de sinal, seriam necessários mais de 4,5 mil novos sites para atender 50% da cobertura ou até 17 mil, caso a ampliação do sinal chegue a 90% do país. “É um desafio enorme que envolve muito financiamento”, disse.

“A IHS está empenhada em contribuir com os investimentos necessários para o Brasil conseguir uma transformação digital e ajudar, não só os grandes agricultores, mas também os pequenos produtores rurais”, disse Clementi.

Segundo o executivo, a IHS não é uma empresa de infraestrutura tradicional, inclui energia e monitoramento. O site de baixo custo da empresa leva conectividade com 10 sites de uma vez, acesso a capacidade de satélite, sem necessidade de uma base de concreto na fundação.

Outra solução que a empresa busca implementar são sites itinerantes. São carretas autônomas, com sites, sistema de v-Sat, placa solar, tecnologia embarcada de smalcell, Lora ou WiFi para Internet das Coisas. Clementi disse que essa infraestrutura é indicada para culturas sazonais, como a de cana de açúcar.

“Nossa estimativa é de que sejam necessários 1.800 sites de baixo custo e 37% deles de infraestrutura itinerante”, disse. Clementi assinalou que o modelo de negócio da IHS é de compartilhamento, otimização de espaços e de custos, modelo ideal para o campo.

A multiplicidade de serviços é outra vertente da empresa, além da conectividade, aposta no monitoramento ambiental para que se conseguir observar a contratação do crédito de carbono. Outro serviço proposto é o seguro da produção, que no Brasil ainda é incipiente. “Enquanto em outros países 89% das produções são seguradas, no Brasil não passa de 17% por falta de lastro para as seguradoras”, disse.

O AGROtic 2023 é um evento do Tele.Síntese em parceria com a EsalqTec. Os debates continuam nesta sexta-feira, 17.

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