Insurtechs brasileiras levantaram R$ 1,2 bilhão em três anos, diz Liga Ventures

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As insurtechs brasileiras levantaram entre janeiro de 2021 e novembro de 2023 cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos, distribuídos em 28 deals, revelou um novo levantamento da Liga Ventures, em parceria com a seguradora Kakau, a ABInsurtech (Associação Brasileira de Insurtech) e a Insurtech Brasil. As startups de insurance as a service (49%) e seguro automotivo (12%) tiveram a maior participação no montante total investido no período.

Atualmente, há 117 insurtechs que estão ativas e utilizam diferentes tecnologias. Elas estão divididas em 12 categorias: infraestrutura tecnológica (20,51%); plataformas para contratação de seguros (11,97%); seguros corporativos (10,26%); segurança de dados (9,40%); seguro automotivo (7,69%); insurance as a service (7,69%); análise de dados (7,69%); agrícola (5,98%); seguro de vida (5,98%); seguro para produtos (5,13%); plataformas de comparação de seguros (4,27%) e seguro de saúde (3,42%).

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“2024 será um ano de muita inovação e novos negócios para o mercado de seguros brasileiro, com a melhora do cenário global de investimentos em startups somado com os resultados dos nossos anos de trabalhos para facilitar a entrada de novos empreendedores no mercado. As insurtechs têm permitido que milhares de brasileiros tenham acesso a esse mercado e possibilitado ao Brasil exportar tecnologia e expertise para todo mundo”, afirma José Prado, cofundador e CEO da Insurtech Brasil e vice-presidente da ABinsurtech.

Em relação ao ano de fundação das startups, cerca de 35% delas foram criadas entre 2019 e 2022. Já as principais categorias de insurtechs ativas fundadas de 2020 a 2023 foram infraestrutura tecnológica (26%); seguro de vida (15%); análise de dados (11%); agrícola (11%) e seguro automotivo (11%).

Guilherme Massa, cofundador da Liga Ventures, destaca que as insurtechs receberam muitos aportes em 2021 e 2022, apesar de serem rodadas menores no ano passado – cenário resultante principalmente da crise sofrida pelo mercado de tecnologia. “Essas startups estão em crescimento contínuo e introduzindo diversas soluções tecnológicas inovadoras, como inteligência artificial, análise avançada de dados e automação, para modernizar e otimizar os serviços do setor de seguros. Para 2024, as previsões são mais otimistas e podemos esperar uma expansão ainda maior das insurtechs, com a busca contínua por soluções personalizadas e ágeis para aprimorar a experiência dos clientes e a eficiência operacional“, acrescenta.

O estudo traz também as regiões com maior distribuição de startups ativas. No primeiro lugar do ranking está São Paulo (62%), seguido por Paraná (9%), Santa Catarina (8%), Minas Gerais (4%), Rio Grande do Sul (4%), Rio de Janeiro (4%), Espírito Santo (3%), Distrito Federal (2%), Goiás (1%) e Pernambuco (1%).

Em relação à maturidade das insurtechs mapeadas, 38% são emergentes, 27% estão estáveis, 18% são nascentes e 17% delas disruptoras. Com relação às tecnologias mais aplicadas, destacam-se Data Analytics (20%), API (19%), Banco de Dados (14%), Big Data (9%) e Machine Learning (9%). Já referente ao público-alvo, o estudo mostra que 54% das startups têm como foco o mercado B2B.

“O Brasil é realmente um celeiro de startups e não podia ser diferente no mercado de seguros. Esse importante estudo é o resultado de uma pesquisa profunda e real do mercado brasileiro de insurtechs. Ele servirá certamente para ser mostrar a maturidade de quanto as insurtechs evoluíram em pouco tempo”, explica o CEO da Kakau, Henrique Volpi.

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