Lula comemora limitação a armas e critica Bolsonaro: ‘Liberar é para favorecer o crime organizado’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discursou neste domingo, 23, na posse do novo dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges Júnior, e voltou a fazer críticas a Jair Bolsonaro (PL). O presidente citou as medidas lançadas na última semama para limitar o acesso da população às armas de fogo e criticou as flexibilizações feitas pelo governo do antecessor. “Eu agora proibi a venda de pistola 9 mm, porque esse negócio de liberar armas é para favorecer o crime organizado a comprar armas. O que nós precisamos é baratear o preço do livro e abrir bibliotecas em cada conjunto habitacional. O que nós precisamos é fomentar as crianças a ter acesso à cultura, e não a ter acesso a armas e violência”, disse . Lula também afirmou que “Bolsonaro foi derrotado, mas o bolsonarismo não”. “Os malucos estão na rua, ofendendo pessoas, xingando pessoas e nós vamos dizer para eles que nós queremos fazer com que esse país volte a ser civilizado. As pessoas não têm que se gostar, as pessoas têm que apenas se respeitar.”

Durante o evento, Lula ainda disse que entregou ao chanceler alemão, Olaf Scholz, o nome do empresário suspeito de agredir o filho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no aeroporto de Roma. “Esse cara é um empresário de uma empresa alemã. Eu entreguei o nome dele para o chanceler alemão. Esse cara foi expulso do partido (PSD) ontem pelo Kassab, ele tinha sido candidato.” Também estiveram presentes no evento a primeira dama Rosângela da Silva e os ministros Márcio França, Márcio Macedo, Paulo Teixeira e Silvio Almeida.

O petista também falou sobre direitos da classe trabalhadora, disse que vai lutar pela retomada de empregos e que houve quebra de padrão na história do Brasil quando a população elegeu ele, um “peão de fábrica”, para presidência da República. Lula também falou sobre a importância de dar poder de compra aos brasileiros. “A gente vai fazer com que o povo possa voltar a comer a tal da picanha (…) Tem muita gente que não sabe o carinho que o povo tem com picanha, mas uma ‘picanhazinha’ no final de semana, com a família reunida, os amigos reunidos e uma cervejinha gelada é tudo o que a gente quer (…) A gente quer o direito de tirar férias e viajar de avião para onde a gente quiser. É para isso que a gente trabalha.”

*Com informações do repórter Misael Mainetti