Ministro da Agricultura chega na Europa nesta sexta

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, chegará nesta sexta-feira, 20, em Berlim, na Alemanha, para o Fórum Global para Alimentos e Agricultura 2023, que é o maior encontro de ministros da Agricultura com representantes de centenas de países. Esse será o primeiro evento internacional que o novo governo participará e será importante conhecer qual mensagem o Brasil vai levar para o restante do mundo a partir de agora.

No sábado, Fávaro fará o discurso oficial e de acordo com fontes que estão na Alemanha a mensagem destacará prioridades como: 1) combate ao desmatamento ilegal com reforço de fiscalização ambiental e controle no Brasil; 2) defesa do Acordo MercosulUnião Europeia; 3) abertura ao diálogo internacional e reforço na relação com a China; 4) cooperação técnica com africanos para levar conhecimentos e tecnologias de produção desenvolvidos pela Embrapa para fortalecer a produção agrícola. A intenção do governo Lula é deixar claro que houve uma mudança de mentalidade em relação ao governo Bolsonaro, contrastando principalmente na pauta ambiental. A crença é que o discurso da sustentabilidade e da agenda verde abrirão portas para novas parcerias no comércio global.

Depois de Berlim, o time de internacional do Ministério da Agricultura deve visitar novos países com potencial de parceria para o comércio agrícola brasileiro. Não está confirmada a presença de Fávaro em fevereiro na Índia. Lá, os membros do MAPA devem participar do encontro preparatório do G20 de Agricultura. Na agenda estará a meta de incentivar a adição de etanol à gasolina indiana para enfrentamento dos problemas de poluição e tentativa de estimular a produção de etanol de cana no país para evitar dumping de açúcar no mercado global. A Índia é produtora de cana de açúcar e destina boa parte da produção ao adoçante. A pauta de carnes também estará na lista do governo de Lula. Ainda no primeiro semestre, a meta da equipe da Agricultura é visitar a China. Fontes do governo me disseram que haverá grandes esforços para retomar as conversas com os chineses, que são os principais parceiros comerciais do agro brasileiro.