Moro se diz vítima de ‘perseguição do PT’ e oportunismo do PL, mas evita antecipar resultado de julgamento no TRE-PR

O ex-ministro da Justiça e atual senador pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil), evitou a antecipar o resultado do julgamento no TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral do Paraná), que pode levar à cassação de seu mandato. Ele é acusado de abuso de poder na eleição de 2022 em duas ações, uma movida pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a outra pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), do presidente Lula. Caso seja condenado, Moro perde o mandato e pode ficar inelegível. Contudo, o congressista se nega a antecipar o possível resultado: “Esses fatos não são procedentes, mas não farei prognóstico do julgamento, porque temos que respeitar a Justiça Eleitoral”, afirmou Moro em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira, 5.

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O parlamentar alega que os dados afirmados no processo “não foram confirmados” e nega ter cometido abuso de poder econômico, justificando ser vítima de perseguição. “Já faz tempo que essa ação tramita e tem o ‘zum zum zum’ de cassação. No primeiro semestre do ano passado já se dizia que eu seria cassado e a gente tem visto que não tem acontecido. Não faço prognóstico do julgamento, porque temos que respeitar a Justiça Eleitoral. Mas o que vejo é que tem uma perseguição política do PT, o próximo presidente disse que queria vingança quando se referiu a mim. E tem oportunistas do Paraná, do PL, que se somaram aos esforços. Mas vamos esperar com serenidade”, acrescentou.

Como o site da Jovem Pan antecipou, o julgamento do caso envolvendo o ex-ministro do governo Bolsonaro foi adiado na semana passada pelo presidente do TRE-PR, Sigurd Roberto Bengtsson. Segundo ele, o tema só retomará depois que forem nomeados os juízes eleitorais faltantes. “Teremos que aguardar esses trâmites. Só vai ser designada a data posteriormente. Acredito que eme questão de 20 dias é possível pautas o processo. Estamos esperando esse novo membro”, disse Bengtsson aos jornalistas. Essa decisão vem um dia após o relator do caso ter liderado o processo para julgamento na primeira instância eleitoral. Não há uma data prevista para o julgamento. Na semana passada, o juiz Thiago Paiva se aposentou, mas ainda não foi definido o seu sucessor. A escolha cabe ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e precisa obedecer às opções de uma lista tríplice que será definida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).