Padilha garante piso da enfermagem e diz que arcabouço deve ser votado até agosto

Com pressões do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a rápida aprovação do arcabouço fiscal, a articulação do governo trabalha de forma mais aguda junto ao governo federal para que não haja empecilhos na hora da votação. O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, diz que a equipe ministerial está em contato direto com o relator da matéria, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), que na próxima semana deve se reunir com lideranças da Câmara dos Deputados e apresentar seu parecer. Padilha espera que a questão seja apreciada antes de agosto. “Em agosto, o governo encaminha um orçamento para o Congresso Nacional e é importante que essa regra já esteja aprovada, porque ela mostra as diretrizes de como investir naquilo que precisa ser investido, na saúde, educação, na habitação mantendo a responsabilidade fiscal”, disse Padilha.

Outro assunto que tem ganhado força na articulação do governo é a área da saúde. O Palácio do Planalto garante que não haverá calote e que irá honrar o pagamento do novo piso nacional da enfermagem, estipulado em R$ 4.750. Serão disponibilizados R$ 7,3 bilhões que serão destinados a Estados e municípios. “Este não é um governo que vai dar calote nos Estados e municípios, como estava sendo dado no governo anterior. Conseguimos já, até o dia 10 de maio, pagar mais de R$ 4 bilhões que estavam emperrados no governo anterior”, afirmou o ministro. Além dos enfermeiros, que tiveram o novo piso fixado, também terão reajuste os técnicos de enfermagem, que passarão a ganhar R$ 3.325, e auxiliares de enfermagem e parteira,s que terão vencimentos de R$ 2.375. O projeto já foi aprovado e sancionado pelo presidente Lula (PT).

*Com informações do repórter Daniel Lian