PP e Republicanos querem manter ‘independência’, apesar de indicações

“É um noivado, mas não é casamento.” Com essa frase, um líder partidário tenta me explicar como Republicanos e Progressistas terão integrantes no primeiro escalão do governo Lula, mas permanecerão “independentes”. Na prática, querem repetir o modelo adotado pelo União Brasil, que obteve três ministérios sem garantir fidelidade nas votações. No caso, Lula agora cederá Esportes e Desenvolvimento Social para os deputados Fufuca e Silvio Costa Filho. Serão consideradas indicações pessoais do presidente da República, que reunirá seu núcleo político na sexta-feira para bater o martelo.

Por trás dessa composição, está o interesse do governo nas eleições municipais do ano quem vem e cuja capilaridade na escolha de prefeitos aliados impactará no pleito de 2026. Ter interlocutores desses partidos na máquina pública também facilita a construção de apoio para votações de interesse do Palácio do Planalto.