QI Tech capta R$ 1 bilhão na maior rodada do ano

Fundadores da QI Tech

A QI Tech, empresa de tecnologia para serviços financeiros, acaba de captar R$ 1 bilhão (US$ 200 milhões) em uma rodada série B. A maior parte do dinheiro está sendo aportado pelo fundo americano General Atlantic, que entra como novo investidor. O restante vem da Across Capital, gestora brasileira que já era acionista e está dobrando o investimento inicial.

De acordo com o Distrito, essa é o maior montante levantado por uma startup no Brasil em 2023. Números superiores a esse surgiram pela última vez no ano passado, quando Neon e Creditas captaram US$ 300 milhões e US$ 260 milhões, respectivamente. A QI Tech atingiu o breakeven em seu primeiro ano de operação, em 2018.

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A empresa não revela o valuation, mas é possível concluir que houve valorização desde a rodada série A. Isso porque, embora o aporte da General Atlantic seja o maior já recebido pela QI Tech, o investidor externo com maior participação ainda é o fundo soberano de Cingapura GIC, que liderou a captação anterior, no total de R$ 270 milhões.

De acordo com Marcelo Bentivoglio, sócio e CFO da QI Tech, foi a General Atlantic quem fez o primeiro contato e o perfil de investidor de longo prazo do fundo agradou aos fundadores. “Eles estão entre os primeiros investidores da XP e já demonstraram capacidade de suportar o crescimento das companhias investidas”, diz o CFO. A companhia cogita seguir para a bolsa, mas num momento mais favorável para listagens. “Queremos ter a companhia pronta para uma próxima janela de oportunidade, talvez daqui a dois ou três anos”, avalia.

Após essa rodada de investimentos, a empresa continuará com a agenda de aquisições, iniciada após a primeira rodada. A QI Tech também pretende investir na expansão das suas quatro unidades de negócio: lending as a service, banking as a service, conhecimento do cliente e uma corretora para trabalhar com FIDCs.

A startup deve terminar o ano com cerca de R$ 10 bilhões em novos créditos gerados e tem atualmente uma equipe de cerca de 120 pessoas. Considerando somente o ritmo de expansão orgânica, o time deve ir a 200 pessoas no fim do ano que vem. “Já nas aquisições, vamos buscar times que cheguem para deslanchar e que crescerão mais rápido porque estarão juntos conosco”, diz o CFO.

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*Com informações do Valor Econômico