Senador Plínio Valério vê ONGs como ‘poder paralelo’ na Amazônia e quer transparência em CPI

O senador Plínio Valério (PSDB), presidente da CPI das ONGs – que investiga repasses financeiros do governo a Organizações Não Governamentais que atuam na Amazônia, participou do programa ‘Direto ao Ponto‘ desta segunda-feira, 19, e comentou sobre os rumos da comissão que está no Senado Federal. “Essas ONGs manipularam, manipulam e talvez continuem manipulando. Eles se infiltram no meio da mata, são mal-educados, pedantes, atropelam o Estado e ignoram as leis do Estado e criam sua própria narrativa, que é de preservação total”, explicou o senador. Para ele, organizações como Greenpeace, WWF e ISA têm feito mal à Amazônia brasileira e aos ribeirinhos. “A Amazônia tem, segundo o UNICEF, 54% das pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e hoje mais de 9 milhões sem condições de comprar cesta básica. Essa é a Amazônia, não é a do Leonardo Di Caprio ou do Macron. Antes eles roubavam minérios, depois a biodiversidade e agora eles querem demarcar e fazer da Amazônia a grande despensa de recursos naturais do futuro, ou eles vão aonde o progresso vai passar para criar a indústria da indenização milionária”, disse o senador, que citou que IBAMA e Funai estão no meio.

Questionado sobre como será o trabalho da CPI, Plínio foi enfático. “Nós vamos dar nome aos bois, levar e saber o que fizeram com o dinheiro. Hoje o ribeirinho, caboclo e pescador sofre. Ele é expulso da sua terra e vai viver na fronteira da sua terra como inimigo”, explicou. “Eu dou o exemplo de Troia. Temos diversos ‘cavalos de Troia’ e hoje estamos dominados por essas ONGs que são um poder paralelo. Elas fazem o que querem aqui, elas recebem não só dinheiro do governo brasileiro como de outros países e não prestam conta para ninguém, sem dizer para o que é. A CPI tem que criar Projetos de Lei que vão dar mais credibilidade e transparência para essa coisa horrorosa”, completou. Nascido no Amazonas, o senador Plínio tenta pela terceira vez emplacar a CPI. “A boa coisa quando estamos em uma luta é quando subestimam a gente. Quando a causa é justa as dificuldades são superadas. Esse papel eu tenho que cumprir, eu sou amazonida, se eu não fizer isso meu mandato não valeu de nada, porque eu não representei essa gente sofrida”, finalizou.

Assista abaixo à entrevista na íntegra: