TI e o futuro do trabalho: o que os profissionais do setor podem esperar

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A onda de demissões nas principais empresas de tecnologia do mundo vem abalando o setor desde 2022. Motivados por uma variedade de fatores, como reestruturações internas, mudanças nas prioridades estratégicas e efeitos econômicos globais, os gestores buscam manter e contratar profissionais cada vez mais qualificados. Com mercado mais enxuto, o perfil do trabalhador especializado é o mais requisitado.

A despeito das mudanças desafiadoras, o mercado segue em busca de talentos. Segundo dados da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), até 2025, as empresas brasileiras precisarão de 790 mil profissionais da área. Além disso, nos últimos anos, o Brasil se tornou um grande celeiro de talentos nas mais diversas áreas de TI: o setor fechou 2022 com faturamento de R$24 bilhões em exportações de mão de obra especializada, um crescimento de 36,4% em relação ao ano anterior.

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Os profissionais brasileiros são desejados por empresas do exterior, especialmente na Europa e nos Estados Unidos, por apresentarem habilidades técnicas sólidas em áreas como tecnologia da informação, engenharia, ciência de dados, entre outras. Esses trabalhadores também são frequentemente elogiados por sua capacidade de se adaptar a diferentes culturas e por sua natureza multicultural. Isso os torna valiosos para empresas que operam em ambientes internacionais e diversificados.

Como se manter relevante?

Para aqueles que desejam conquistar uma vaga além das fronteiras brasileiras, a especialização é essencial. Além dos requisitos atuais do mercado, o avanço da IA vai transformar muitos dos postos de trabalho em tecnologia e conhecimentos na área de machine learning, por exemplo, serão especialmente desejadas nos próximos anos. O relatório “Futuro do Trabalho 2023”, do Fórum Econômico Mundial, aponta que o uso dessa tecnologia impulsionará uma mudança em 23% dos empregos.

Hoje, os cargos mais buscados por empresas estadunidenses são desenvolvedores de TI, com habilidades em qualquer tecnologia, e todos os setores e cargos da equipe. As linguagens Java, React, SQL, Angular, C#, Javascript e .NET também estão entre as mais procuradas por empresas norte-americanas. Talentos na área de inteligência artificial serão cobiçados pela sua contribuição para a inovação e o progresso tecnológico, principalmente colaborando em projetos interdisciplinares com especialistas de outros setores.

Além das tech skills, os profissionais da área precisam ter habilidades de comunicação, domínio de língua estrangeira, organização e adaptabilidade. E em um mercado cada vez mais concorrido, as empresas precisam mostrar que são financeiramente estáveis para seus investidores e por isso o profissional precisa estar preparado para cenários diversificados.

Após a contratação de profissionais estrangeiros, é preciso que as companhias ofereçam treinamentos e mentorias aos novos profissionais. Esses recursos funcionam como um processo de melhoria contínua e ajudam a apresentar as necessidades específicas dos contratantes. Além disso, a iniciativa ajuda a reter talentos ao investir em suas carreiras, colaborando para o progresso em um ambiente multicultural e diverso.

Todos esses fatores reforçam a importância da especialização e do estudo contínuo. O desenvolvimento profissional será essencial para acompanhar as demandas do mercado em constante evolução. A colaboração entre empresas e profissionais também será cada vez mais indispensável para enfrentar os novos desafios. Ao encarar os obstáculos como oportunidades de crescimento e evolução, os profissionais brasileiros podem se posicionar como peças-chave na construção do futuro tecnológico global.

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