Virgin Orbit entra com pedido de concordata nos EUA


A medida surge depois de a empresa ter anunciado na semana passada a demissão de 675 funcionários, ou seja, 85% da força de trabalho desta subsidiária do império do bilionário britânico Richard Branson. Empresa Virgin Orbit e seu dono Richard Branson.
Mike Blake/ Reuters; Divulgação/Virgin Galactic
A Virgin Orbit, que projeta foguetes para lançar pequenos satélites, entrou com pedido de concordata sob o Capítulo 11 da lei de falência dos Estados Unidos e será colocada à venda, anunciou a empresa nesta terça-feira (4).
A medida surge depois de a empresa ter anunciado na semana passada a demissão de 675 funcionários, ou seja, 85% da força de trabalho desta subsidiária do império do bilionário britânico Richard Branson.
O pedido de ‘concordata’ significa que juridicamente a companhia vai procurar saídas para a recuperação total ou parcial de seus negócios. O objetivo é que a Virgin Orbit não decrete falência.
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“Embora tenhamos feito esforços consideráveis para melhorar nossa situação financeira e obter financiamento adicional, temos que fazer o que é melhor para a empresa”, disse o presidente da Virgin Orbit, Dan Hart, em comunicado.
Colocar-se sob a proteção dessa lei dos EUA “representa a melhor maneira de identificar e concluir uma venda efetiva e otimizar o valor da empresa”, acrescentou.
Seu foguete de 21 metros, lançado de um Boeing 747 na costa da Cornualha (Reino Unido), não conseguiu alcançar sua órbita no início de janeiro, causando a perda dos nove satélites que carregava e precipitando a queda da Virgin Orbit.
Criada por Richard Branson em 2017, a empresa pretendia oferecer “um método novo e inovador de lançamento de satélites” e conseguiu colocar 33 em órbita, segundo Dan Hart.
Projetos de pequenos lançadores surgiram em todo o mundo, mas apenas um ainda está em operação, o da neozelandesa RocketLab.
Na noite de segunda-feira (3), a ação da Virgin Orbit na Bolsa de Valores de Nova York caiu 3%, a 19 centavos.