Você já ouviu falar em guerra cibernética? Saiba como países usam a tecnologia para atacar ou se defender

Guerra cibernética refere-se ao uso de técnicas de hacking e outras formas de ataque cibernético entre nações ou grupos significativos, com a intenção de prejudicar, desabilitar ou obter controle sobre os sistemas de informação e infraestruturas críticas de um adversário. Estes ataques podem ser direcionados a comunicação, redes de energia, serviços bancários, hospitais, bases de dados importantes e outros sistemas vitais para a segurança e o funcionamento econômico de um país.

A guerra cibernética envolve uma variedade de ações, incluindo, mas não limitado a:

  • Espionagem cibernética: roubo de informações confidenciais ou segredos de estado;
  • Sabotagem: ataques que visam desabilitar ou destruir infraestrutura crítica, como redes elétricas ou sistemas de comunicação;
  • Propaganda e desinformação: uso de meios digitais para espalhar informações falsas ou enganosas;
  • Ataques de negação de serviço (DoS ou DDoS): visam sobrecarregar os recursos de um sistema, tornando-o indisponível para os usuários;
  • Malware e ransomware: software malicioso que pode ser usado para roubar dados, exigir resgate ou danificar sistemas.

Nesse contexto, tanto atores estatais quanto não estatais podem estar envolvidos, e as defesas contra tais ameaças incluem medidas de segurança cibernética robustas, como criptografia, firewalls, antivírus e a educação dos usuários sobre práticas seguras na internet. Os países também têm criado divisões militares e civis especializadas na defesa e potencial ofensivos em cibersegurança, como parte de suas estratégias de defesa nacional. A guerra cibernética é um campo que continua a evoluir rapidamente, dada a crescente dependência da sociedade moderna em relação à tecnologia e a interconectividade dos sistemas globais.

Casos famosos de empresas em guerras cibernéticas:

O Caso Stuxnet

O Stuxnet foi um verme informático extremamente complexo que visou o programa nuclear do Irã. Este é considerado um dos ataques cibernéticos mais avançados já registrados. O verme se disseminou por meio de drives USB contaminados e mirou especificamente sistemas SCADA. Segundo diversas fontes, o Stuxnet afetou gravemente a capacidade iraniana de enriquecer material nuclear.

Invasão à Sony Pictures

A Sony Pictures sofreu um ataque cibernético vinculado ao lançamento da comédia “The Interview”, que satirizava Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte. Hackers associados ao governo norte-coreano foram apontados como responsáveis. O FBI identificou paralelos entre esse ataque e outros malwares previamente associados à Coreia do Norte, incluindo similaridades no código, algoritmos de criptografia utilizados e métodos de apagamento de dados.

O Incidente do Soldado de Bronze

Quando a Estônia realocou uma estátua da era soviética conhecida como Soldado de Bronze de um local central em Tallinn para um cemitério militar mais afastado, em 2007, o país foi alvo de uma onda de ataques cibernéticos. Durante os meses seguintes, importantes websites estonianos do governo, de mídia e instituições financeiras foram inundados por tráfego excessivo em uma campanha coordenada de ataques de negação de serviço (DoS), resultando em sua inoperância temporária.

Ajuda de quem entende

Para que as empresas, pessoas e órgãos governamentais estejam mais protegidos nos casos de guerras cibernéticas, é de extrema importância buscarem ajuda de profissionais especializados em segurança digital e privacidade de dados. Vale destacar que todos já podem checar quem são os profissionais de privacidade disponíveis em sua região. Basta acessar https://apdados.org/membros e selecionar o estado e cidade desejado.

Quer se aprofundar no assunto, tem alguma dúvida, comentário ou quer compartilhar sua experiência nesse tema? Escreva para mim no Instagram: @davisalvesphd.