Anatel faz consulta pública sobre futuro do 2G e do 3G

Anatel

Alguns anos depois do início da implantação da quinta geração de redes móveis no Brasil – ou simplesmente 5G –, a Agência Nacional de Telecomunicações segue com uma consulta pública aberta para definir o futuro de gerações anteriores: a 2G e a 3G.

A informação foi reiterada pela Anatel em um webinar recente realizado pela Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC) e a Kore Wireless.

De acordo com Vinicius Caram, superintendente da Anatel, o objetivo da consulta – aberta pela agência desde o fim de 2023 – é harmonizar tecnologias e ecossistemas no País. A desativação dos sinais dessas redes também é capaz, na teoria, de liberar frequências para outros usos.

Na conversa, Caram ressaltou que a tomada de decisão não significa desligamento dessas redes nem suspensão de equipamentos legados, mas sim que novos equipamentos venham com pelo menos duas tecnologias integradas para facilitar a migração posteriormente. Também será possível pensar em um uso mais eficiente dos espectros.

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A Anatel identificou cerca de 177 redes 2G e 3G já desligadas no mundo, em 59 países. 73 operadores em 43 países já completaram ou estão na fase final de desligamento do 2G, enquanto 52 operadoras em 33 países estão fazendo o mesmo com o 3G.

Outros 24 operadores em 15 países também estão fazendo o fechamento do desligue ainda esse ano.

No Brasil, a discussão começou em 2023, durante a Futurecom, quando foi lançada a tomada de subsídio nº 23. Trata-se de um instrumento usado para ouvir sociedade, academia, fabricantes e fornecedores.

Foram feitas 55 contribuições, 20% favoráveis a suspensão de homologação de produtos apenas 2G ou 3G. Outros 80% foram favoráveis a proposta de não homologar mais equipamentos que atuem em 2G e 3G, mas não em gerações posteriores (4G e 5G).

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