GT sugere inserir redes comunitárias na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas

GT sugere inserir redes comunitárias na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas
Escola Conceição do Imbé, em Campos dos Goytacazes (RJ) está entre instituições mapeadas | Foto: Maps/Reprodução

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta segunda-feira, 4, o relatório final do Grupo de Trabalho sobre Redes Comunitárias (GT-RCOM), formado por representantes do setor e da autarquia. O documento sugere uma série de ações para ampliar a disponibilidade de conexão aberta, entre eles, a de colocá-las na rota da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec).

A Enec é a política pública que dará as diretrizes para todos os programas que visam levar internet a estudantes, professores e instituições de ensino. A coordenação é do Ministério da Educação (MEC), mas a formulação envolve um Comitê Executivo multissetorial, que inclui o Ministério das Comunicações (MCom) e a Anatel.

O relatório do GT-RCOM antecede as propostas concretas a serem feitas pela Agência, reunindo recomendações. Trata-se do diagnóstico e consolidação das demandas das redes comunitárias, com as alternativas a serem avaliadas.

O grupo dividiu as atividades em diferentes eixos temáticos, e o Enec aparece no tópico “Apropriação Tecnológica e Capacitação Técnica”. A sugestão é de “interagir com os respectivos Ministérios setoriais de maneira a apresentar as demandas dos representantes das redes comunitárias no que se refere a políticas de formação continuada em diversas áreas: técnica, gestão financeira, liderança, entre outras, a fim de promover a apropriação tecnológica da conectividade pelas comunidades para o desenvolvimento de habilidades e letramento digital de forma sustentável, inclusive no âmbito da Enec, e demais políticas com esse objetivo”.

Uma das atividades do grupo foi o mapeamento das escolas mais próximas a comunidades engajadas com redes comunitárias. O levantamento lista 56 instituições de ensino, localizadas em 11 estados, que atendem estudantes indígenas, quilombolas e moradores de áreas rurais.

Espectro e financiamento

No eixo “Ambiente Regulatório e Acesso a Insumos”, o relatório reforça a demanda por reavaliar os normativos da Anatel no sentido de facilitar o acesso a faixas de espectro não utilizadas pelos respectivos outorgados em caráter primário.

No mesmo sentido, recomenda-se identificar novas faixas de radiofrequências destinadas aos serviços de interesse restrito, em especial o SLP, o qual as redes comunitárias utilizam.

O documento considera a oportunidade de “viabilizar o acesso a insumos atacados por redes comunitárias em condições similares às Ofertas de Referência de Produtos de Atacado – ORPAs, em especial aqueles referentes ao transporte e ao trânsito de dados de alta capacidade com conectividade IP”.

Já no eixo de financiamento, o GT busca estudar a viabilidade de diversas alternativas: Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust); Fundo Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT); Fundo Nacional de Cultura (FNC); Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); além de ações orçamentárias de políticas de inclusão digital interministerial e parcerias com empresas.

Acesse a íntegra do relatório neste link.

O post GT sugere inserir redes comunitárias na Estratégia Nacional de Escolas Conectadas apareceu primeiro em TeleSíntese.