Capgemini: Open Finance ainda está distante dos núcleos de negócios das empresas

Open Finance

Pesquisa feita pela Capgemini Brasil com a parceria do time de indústria de finanças da Amazon Web Services (AWS) buscou avaliar o índice de maturidade do Open Finance dois anos após a implementação. De acordo o levantamento, feito com 205 empresas de todos os segmentos que possuem iniciativas e 882 consumidores finais, o movimento ainda está distante dos núcleos de negócios.

Os dados levantados junto às empresas estabeleceram um índice de maturidade de 6,43 e, para o universo representado por consumidores, o índice de maturidade foi definido em 5,34.

A maturidade, como esperado, deve melhorar nos próximos anos. Das empresas ouvidas, 53% delas afirmam ter metas de desempenho voltadas para os impactos do Open Finance e 70% dedicam áreas ou pessoas aos temas relacionados. O estudo também observa que 37% das empresas utilizam dados para gestão de clientes e 26% já rentabiliza com soluções lançadas em Open Banking.

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Do ponto de vista dos consumidores bancarizados, a maioria se mostrou familiarizada com o Open Banking (67%) e com o Open Finance (65%), enquanto 24% nunca ouviu falar de nenhum dos conceitos. Dos consumidores ouvidos, 37% afirmam que já autorizaram que algum banco/carteira digital acessasse informações de outras instituições nas quais possuem conta e 78% dos entrevistados costumam realizar pagamentos via app e 18% via Internet Banking ou site.

O estudo também contou com uma análise de um comitê composto por 16 executivos e especialistas da indústria financeira, academia e associações. Na visão do comitê, um dos principais desafios será migrar da visão técnica para uma visão de negócios, com capacidade de rentabilizar e medir (financeiramente) os resultados das soluções. Atualmente, essa evolução passa pelo desafio da gestão dos dados.

“O estudo indica que, apesar de ainda estar relativamente afastado dos núcleos de negócios, o Open Finance demonstra um enorme potencial para hiperpersonalização e principalidade do cliente, contribuindo para a geração de novos produtos e serviços diferenciados com oportunidades de novas fontes de receita”, diz David Cortada, VP do Centro de Excelência para Bancos da Capgemini Brasil.

Segundo o executivo, o levantamento indica que os produtos de crédito são apontados como uma das principais oportunidades de monetização, tanto para as empresas como para os consumidores, seguido pela melhoria da experiência em pagamentos e investimentos. “Elementos da arquitetura tecnológica como cloud, APIs e tratamento de dados já estão sendo endereçados e figuram como prioridade estratégica dentro das instituições”, analisa o executivo.

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